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Bem, expôr ou não eis a questão.
Esta temática já foi abordada num anterior tópico escrito nos últimos anos e que se perdeu no meio de todo este turbilhão constante de tópicos. Mas volto a ela para mais esclarecimentos.
Alvaro, gostei da tua resposta e tens toda a razão, pois todos nós sabemos das horas e horas de trabalho que os kits nos levam, para não falar no dinheiro gasto neles. Resinas, transkits, fotoincisões fazem com que qualquer modelo ultrapasse fácilmente os 100 euros e o resultado final vai muito mais para além disso. Tal como tudo o que é precioso para nós, um kit finalizado não tem preço. Perante tal, a participação numa exposição é sempre um grande risco, pois o modelo vai ser tocado por outra pessoa, pode-se estragar ou mesmo desaparecer... E tens razão não existe seguro que o possa substituir.
Ao longo destes anos em que participei em várias exposições já vi muita coisa preocupante, principalmente do público anónimo e que não está por dentro da arte, carteiras (um terror autêntico) máquinas penduradas, óculos que caiem nas mesas, putos com os olhos nos dedos... E também na maioria das exposições o pessoal que está à guarda anda ali numa "roda viva" a ver se ninguém se chega mais perto.
Apesar destes percalços, na realidad até hoje ainda não tive nenhum problema grave, a maioria acontecem no transporte e são causados por mau acomodamento dos meus kits, antenas partidas, espelhos descolados, palas soltas, etc... por isso mesmo levo sempre a mala de ferramentas para os últimos socorros.
Normalmente entrego os kits ao pessoal da organização, e sou eu que os coloco na mesa, no caso do ModelScala geralmente a rapaziada até tem a preocupação de usar luvas.
Por outro lado sei que também são modelistas e a maioria tem cuidado a pegar nos modelos. Alvaro, também é normal a organização pegar nos modelos sobretudo antes de abrir a exposição, eu próprio já ajudei num ModelScala a recondicionar os modelos automóveis e isto acontece porque:
1- A organização nunca sabe quantos modelos vão chegar, e ou podem ser muitos e tem de ser acondicionados, ou então são poucos e tens de os dispersar pela mesa. Já aconteceu num ModelScala que a categoria Junior teve de ser dividida em outras duas categorias tal a quantidade de modelos que estavam a chegar.
2 - O número de modelos entregue condiciona a exposição, imagina que reservas 1 espaço de meio metro para os 1/43 e depois aparece o ART???? Toda a mesa tem de ser refeita.
Outra questão, normalmente durante a exposição (Sábado à tarde ou Domingo de manhã) a Organização leva os modelos, 1 a 1 para um espaço onde um fotógrafo tira um conjunto de fotos com qualidade. Foi isso que deves ter visto no ModelScala. Essa característica vem nos regulamentos dos concursos ( A organização reserva-se o direito a ....). Essas fotos eu acho que são importantes pois podem ser enviadas para revistas de modelismo ou compiladas para serem mostradas por exemplo ao Sr Presidente da Câmara...(de onde vem o guito para a expo).
Mais outra questão, no acto de entrega dos modelos devem sempre ser referidas as peças que estão soltas, por vezes os automóveis estão soltos das próprias bases. Isso indica a quem pegar nos modelos para ter mais cuidado a tocar-lhes.
Nós, automodelistas, normalmente não seguimos os nosso irmãos dos tanques e aviões, mas se reparem bem a maioria dos tanques são expostos em bases simples, eles são colados à base (eu não gosto muito disso, mas...), em alguns casos como no AMT Torrene em Espanha as peças a concurso têm mesmo de estar em bases.
No último MOdelScala o Filipe Ferreira a AMM em conversa dizia-me "Epá voçês dos civis deviam começar a colocar os carros em bases simples, pois normalmente são modelos muito caros e quando uma pessoa pega neles fica um bocado aflita de estragar alguma coisa." Eu acho que ele tem toda a razão. O nosso amigo nnmiguel também da AMM e do Fórum também faz o mesmo a seu fabuloso Ferrari é apresentado numa base simples e fácil de transportar, o carro já esteve em todo o lado em Portugal e Espanha.
Mesmo que o pessoal não cole, uma simples base e indicar: PEÇA SOLTA DA BASE.
Quanto às vitrines, bem essa é uma longa história. No meu caso decidi fazer uma para o Ferrari 1/12 que também já andou por todo o lado, a vitrine foi feita à medida e á assim que fica exposta, é simples e ninguém toca, foi aliás baratissima. O mesmo também se pode fazer para os carros 1/24 e estou e lembra-me também das do ART para os 1/43. É chato para quem quer tirar fotos com os reflexos...
Quanto às exposições, meus amigos vou colocar aqui várias fotos de exposições em todo o Mundo, desde Telford (1 dos maiores do Mundo) até aos EUA, Alemanha, Espanha e a grande Meca!!!...Shizuoka a casa mãe da Tamiya. Só em Torrent é que consigo ver vitrines, todas as outras são exposições de bancada com milhares de modelos, todos eles espectaculares, caros e que deram muitas horas de trabalho. As imagens falam por si.
Para um organizador comprar e pagar vitrines é carrissimo e isso equivale a ter também que arranjar espaço para as guardar para o ano a seguir. Por outro lado o pessoal gosta de estar perto do kit para o ver bem.
Portanto este é o fim da conversa. Para mim uma exposição é muito importante pois é o local onde posso mostrar os modelos dos alunos e os meus, até ao momento nunca tive grandes problemas.
Também considero que o lado social da exposição é espectacular, conversar com os amigos, comprar mais alguns kits ou discutir "in loco" as últimas dicas. Ver os kits ao vivo nada tem a ver com vê-los na Net (ART como já te disse os teus kits ao vivo são espectaculares), por outro lado vejo kits de pessoal que nunca aparece na Net, estou a lembrar-me do meu amigo Sérgio Palma e do Rui Mendes que só colocam os kits nas exposições e normalmente são umas bombas para arrebatarem os primeiros prémios.
E pronto acabou a conversa, apesar de tods os mas... os meus lá seguiram para o ModelTróia, pessoal não estejam à espera de novidades, mas lá estarão.
Um abraço a todos do ProfeSM.