MODELOS "AO NATURAL", OU SEM TINTA

[Aldo Carvalho]

Já comentei algumas vezes em tópicos de modelos concluídos acerca de experiências com polimento de carrocerias, a exemplo do meu Corvette 53 da Carrera Panamericana. Mostro aqui os outros dois que fiz - Ferrari 126 C2 Protar e Porsche Carrera 10 Tamiya, ambos na 1/12. Esta técnica ( ou ausência dela) pode ser interessante para iniciantes que se sintam inseguros na pintura de superfícies maiores e não prejudica em nada o plástico do kit se a opção final for pela pintura se o resultado não agradar. Os materiais usados são de fácil acesso e econômicos - Tamiya Compound Coarse e dentifrício branco aplicados com chumaços de algodão macio e Tamiya Modelling Wax após as decais.
Abraços
Aldo

[nuno22467]

Viva Aldo,
É caso para dizer que os seus modelos são fantásticos sempre: com ou sem tinta!!!
De qualquer forma, a técnica de polimento usada não será mais «difícil» do que a simples pintura?
Compreendo que não se corre o risco de estragar o modelo, mas certamente um polimento perfeito como o que as suas fotos apresentam não é pêra doce de conseguir!
Venha daí um tutorial, pois fiquei bastante curioso,
Abraço,
Nuno.

[Adolfo]

Acho que é uma boa opcção a ter em conta para quem não têm muita prática/técnica para pintar o modelo,
e com este polimento os modelos nem ficam com um brilho qb. Bem visto

[JMCARC1]

Aldo,

Para variar esses seus modelos estão impecáveis... gosto particularmente do Ferrari, ao qual apenas fazia um reparo: tem o numero do Pironi! Aparte de brincadeiras, acho que o 27 fica mais elegante pq os números não ficam tão distantes um do outro.

O brilho que consegue do próprio plástico é de facto muito bom... está de parabéns.

João

[Aldo Carvalho]

Nuno, Adolfo e João, obrigado pelas visitas e comentários.
Nuno: não tem segredo nenhum no polimento e é pouca energia que se aplica. O Compound é muito fácil de espalhar e é um trabalho ótimo para ser feito no sofá assistindo TV. O dentifrício é só para dar um complemento mas ainda tenho dúvida se é realmente necessário. Quanto à cera da Tamiya, uso-a sempre no final de qualquer tipo de montagem porque dá uma perfeita proteção ao tato.
João: não há dúvida que eu quis usar o mítico 27, mas por falta de sorte, uma das decais foi prejudicada e tive que passar o carro para o Pironi. Na ocasião que fiz essas fotos, ainda faltavam o parabrisas que eu não tinha pintado a faixa preta e as marcas do cinto de segurança. São uns pequenos detalhes que vão ficando para tras, mas agora está mesmo concluído.
Abraços
Aldo

[Adolfo]

Já agora em relação ao mitico número 27 e 28, alguém me poderá esclarecer o porquê dos ferraris terem sempre estes números ?

[JMCARC1]

Já agora em relação ao mitico número 27 e 28, alguém me poderá esclarecer o porquê dos ferraris terem sempre estes números ?

Na temporada de 1973, os números dos pilotos das equipas de F1 passaram a ser fixos. Não sei muito bem pq ordem foi organizada esta distribuição na época, mas aos Ferraris formam atribuidos os números 3 e 4.

Na temporada seguinte, os numero continuaram fixos, mas foram novamente organizados em função da classificação por equipas na temporada anterior. Assim aos Ferrari, que tiveram uma temporada para esquecer, foram atribuidos o nº 11 e 12, em virtude do seu 6º lugar no campeonato de marcas. Em 1975, os Ferrari voltaram a ostentar os nº 11 e 12, mas no ano seguinte passaram a 1 e 2 (Lauda eram campeão em titulo) tendo a McLaren ficado com os 11 e 12. Em 1977, voltaram a trocar (Hunt - McLaren era campeão em titulo) e os Ferrari voltaram a ser 11 e 12.

Na temporada de 1978, Os Ferrari mantiveram o mesmo numero, uma vez que Niki Lauda saiu para a Brabham. Nessa temporada a Lotus venceu o campeonato e passou a ostentar os nº 1 e 2 (em 1979) que perdeu no ano seguinte para a Ferrari. Em 1980, o campeão foi Alan Jones, num Williams, cujo numero era o 27. Assim, no ano seguinte, a Williams ficou com o 1 e 2 e a Ferrari com o 27 e 28 que manteve durante quase 10 anos até que o campeão Alain Prost trocou a McLaren pela Ferrari.

No anos de 1981 e 1982, com o numero 27, o Canadiano Gilles Villeneuve fez sonhar os adeptos da F1 e os Ferraristas em particular até perder a vida nos treinos de qualificação para o GP da Belgica, imortalizando, se fosse necessário, o 27 como numero associado à Ferrari.

Tirando o ano de 1990 (com Prost) e 1996 (com Schumacher), a Ferrari ostentou sempre o 27 e 28 pois nunca foi capaz de se impor com vencedora do titulo de pilotos.

A partir de 1997, a numeração passou a ser atribuida pela ordem do campeonato de marcas do ano anterior, pelo dificilmente os Ferraris voltaram a ter este mitico numero (os McLaren este anos tem o 21 e 22.

[Adolfo]

JMCARC1.... um muito obrigada pela excelente explicação, se tinha dúvidas fiquei sem elas
Por mim sempre que a ferrari não ganha-se titulos, deus queira que isso seja raro , devia de optar pelos númeos 27 e 28..... pelos vistos são míticos.